quarta-feira, 26 de março de 2014

Era Decisão?



No momento em que me sentei a frente do computador fiquei pensando como poderia escrever essa crônica. Não sei bem como definir o que assisti hoje no Sacrossanto, não sei como explicar o comportamento tão apático para um jogo que valia muito mais do que os três pontos, será que os jogadores sabiam que era uma decisão?
Reclamar que o visitante venho para se retrancar é inócuo, desde que o futebol virou um esporte de competição esse tipo de estratégia é usada por equipes inferiores tecnicamente, se bem que hoje não posso dizer que o São Paulo é muito superior a alguns times.
Penso que o que tem faltado a esse elenco, e já descrevi isso em textos anteriores é alma, garra, gana de vencer, espirito competitivo e outros valores que formam qualquer elenco que sonha conquistar títulos.
Não enxergo nos jogadores que hoje vestem o manto o perfil que sempre existiu em nossas maiores conquistas, e mesmo nos elencos mais limitados que tivemos. Dessa vez não vou citar os nomes, mas a maioria dos torcedores com bom senso sabe quem são.


O Campeonato Paulista hoje não é uma competição importante no calendário, mas não conseguir chegar a final do estadual a 11 anos não pode ser considerado algo normal.

A partida que foi jogada hoje, foi uma demonstração de pouco caso, o semblante dos atletas era tão frio que em alguns momentos eu mesmo me alertava que era uma jogo de quartas de final.
Muricy que nos tirou do rebaixamento no ano passado, continuará seu estigma de não conseguir títulos em torneios eliminatórios a frente do Mais Querido, o que espero não ter que ler e ouvir é que nosso camisa 9 não fez seu papel, algo que está se tornando um ritual entre nossa torcida.
Só não entendi porque um time que joga dentro de casa com apoio do torcedor mesmo que em numero menor, volta para um segundo tempo sem o menor interesse em vencer, sem compreender que contra times retrancados o melhor remédio é a movimentação é o a troca de passes rápidos.
Agora o que nos resta é a Copa do Brasil, assim como ano passado nos restava a Libertadores, assim como ano retrasado nos restava a copa do Brasil, assim como no ano antes nos restava a Copa do Brasil e assim tem sido sucessivamente, num ciclo que parece estar longe de se encerrar.
Também não compreendi por que nosso técnico assistiu a partida e não enxergou a necessidade de substituir, sua única troca foi a de um atacante por outro, tirando um bom cobrador de penalidades para a entrada de um corredor enrolado.


No fim o são paulino mais uma vez se questiona o que acontece com o time que tem estrutura, bom salário, bom ambiente de trabalho mas que não consegue nos últimos anos sequer derrotar equipes modestas como o Penapolense e o Avaí, que não consegue bater de frente com os maiores rivais que não tem elencos tão superiores. São questionamentos aceitáveis de quem ama o clube, e que se acostumou a ver um São Paulo vencedor, e quando não uma equipe que entra para vencer desde o mais fraco até os maiores times do mundo.

Sei que nossa realidade é outra, sei que nossas pretensões são bem menores, sei que os problemas internos refletem dentro do campo, sei o tamanho que o Tricolor tem, sei que o torcedor está desanimado. O que não sei é deixar de torcer e amar o clube de três cores, que de uns anos para cá vem perdendo o que tinha de melhor.
Essa eliminação não pode ser encarada como um simples tropeço, cobranças tem que ser feitas, eliminações assim não são normais para nossas tradições e não podem se tornar rotineiras. Está no hora do São Paulo ser São Paulo, não no nome mas na grandeza.



Concorda? Não? Deixe seu comentário de forma educada.
Twitter @AdrianoC8

Nenhum comentário:

Postar um comentário