quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Uma Segunda Chance



O texto que segue abaixo curiosamente foi escrito por mim para o aniversário do Luis Fabiano, por contingências da vida não consegui publicá-lo no dia, e até por motivos óbvios o engavetei (hábito que tenho com tudo que escrevo).
Nessa quarta feira o atacante marcou três gols contra a equipe do Rio Claro, é isso não significa de jeito nenhum que  o camisa 9 tenha voltado a ser o matador de outrora.  Só fico resignado com os torcedores que gostam de diminuir os feitos de um jogador que chegou a marca de 182 gols com o manto e chegou a uma média de 0,67 (melhor de todos os atacantes do clube), e se igualou ao França como o 4º maior artilheiro da história.
O que escrevi no dia 8 de Novembro de 2013 me parece oportuno e viável de se publicar agora, é como "uma segunda chance"


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Dias Melhores 

Não vou escrever estatísticas, nem vou falar do inúmeros gols que ele tem com o manto. Hoje como a maioria já sabe é aniversário de Luis Fabiano, o matador do Morumbi.
Já o critiquei em alguns momentos, já o defendi muito em outros. Mas no fim das contas tenho muita admiração pelo camisa 9 do Tricolor, muito pela demonstração de carinho que ele sempre teve com o São Paulo, mas também inegavelmente pela raça que ele sempre teve dentro das quatro linhas.

O momento não é dos melhores, Fabuloso vive dias complicados na carreira, para completar uma parte dessa "nova" torcida que se acostumou a ver o time apenas vencendo, não aprendeu a diferenciar critica de desrespeito, e por diversas vezes questionam a posição de ídolo  que ele tem. Sim! Luis Fabiano é um ídolo. A definição mais comum da palavra é que o termo expande-se da esfera divina para a esfera humana. Fabuloso é humano, mas vestindo a 9, já fez muitas coisas que jogadores comuns não tem capacidade de realizar. Eu cansei de ver dentro do Sacrossanto gols acontecerem em jogadas dadas como perdidas, mas não por ele.
Sempre escrevo que nenhum jogador é, ou pode ser maior que o próprio clube que ele defende, mas muito passam e deixam na memória do torcedor momentos incríveis, histórias que muitos vão contar a filhos e netos.
Eu vou contar que vi jogar um centro avante que fazia gols de todos os jeitos possíveis, que deixou de ganhar mais em um rival para jogar pelo clube que gosta. Um jogador que era um matador nato, que  tinha um temperamento forte, e que apesar dos cartões que sempre levava, era FABULOSO.
O futebol é um esporte dinâmico, cíclico. O que hoje não presta, amanhã pode ser o máximo, mas para mim sempre vale a mesma frase já usada em outras ocasiões.

"Para ser um ídolo, não necessariamente necessita-se de glórias, o caráter basta."

Ninguém consegue chegar a ser o 6º maior artilheiro de um dos maires clubes do mundo apenas fazendo gols sem importância, aceitar e digerir isso é no mínimo uma tremenda falta de bom senso. Parabéns Luis Fabiano, que dias melhores venham, que mais gols seus aconteçam, que sua história dentro do São Paulo ainda esteja longe de terminar.

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Respeito muito a opinião dos iguais que são contrarias as minhas, porém sou de uma época em que respeitávamos muito os grande jogadores do clube, não pelos títulos e sim pela qualidade e carinho que eles tinham com nosso manto. 

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Tricolor do Canindé

Elenco do São Paulo em frente ao Canindé


Sempre que possível remexo o baú e trago para vocês um pouco de nossa história, sou um estudioso do passado glorioso do São Paulo Futebol Clube. Nessas viagens ao passado fico impressionado como os dirigentes do Mais Querido tinham uma pujança para o progresso, e por mais que isso se torne repetitivo é difícil não comparar  o idealismo de fazer de um pequeno clube uma instituição respeitada e conhecido no mundo todo. Bem diferente do pensamento mesquinho e totalitário que tomou de assalto nosso Tricolor nos dias atuais.
No dia 29 de Janeiro de 1944, o São Paulo comprava uma área de 44.400m², conhecida como Canindé, o investimento era alto para o clube que havia publicado seu balanço do ano com déficit.
O balanço 43/44 apontou que o clube teve uma despesa de três milhões de cruzeiros (R$ 5.755.867,52 em valores atuais*) e uma receita de dois milhões e meio de cruzeiros (R$ 5.076.732,66 em valores atuais*).
Em meio a tudo isso estava a renovação de contrato de ninguém menos do que Leônidas da Silva, que dias depois da aquisição do Canindé assinou por mais três anos com o Clube da Fé.

Presidente Décio Pedroso assinando a escritura da compra do terreno do Canindé.


O Canindé era utilizado pelo Deutsch Sportive e em 1942 passou a existir como uma entidade filiada ao São Paulo. O pequeno clube de imigrantes alemães tinha receio de que o rompimento das relações diplomáticas do Brasil com os países do Eixo acarretassem problemas futuros. A fusão foi aprovada pelos sócios desde que o São Paulo assumisse as dividas e mantivesse as prerrogativas estatutárias do clube filiado.
Até então a área era alugada, a família Vanucci era a proprietária do terreno e em 1944 o venderam ao Tricolor por Cr$ 740,000,00 Cruzeiros (R$1.454.141,24 em valores atuais*), valor que só foi totalmente quitado em 1951. 



Maior do Mundo até então estava sediado na rua Dom José de Barros - República, desde 1938, e após a compra mudou a sede. O Canindé foi comprado para ser apenas campo de treinamento, nesse período o São Paulo mandava seus jogos no Estádio do Pacaembu, por esse motivo o Tricolor nunca atuou no local.

Canhoteiro treinando no local


O apelido Ilha da Madeira, existia devido a dois motivos, primeiro pela localização. Junto as margens do rio Tietê, era comum que durante as cheias todos os acesso à sede ficassem alagados ilhando-a a tal ponto que só se poderia chegar de barco. Segundo pelo fato de que as construções da região eram todas de madeira.
Muitas conquistas tricolores no atletismo aconteceram nesse período, o hexacampeonato do Troféu Brasil e o duo deca campeonato Paulista são exemplos do forte atletismo que o clube tinha na década de 40.
Em 1952 a diretoria começou um sonho "louco". Os dirigentes ousaram como nenhum clube já havia feito até então, hipotecaram o Canindé que acabava de ser pago um ano antes.

Competição de atletismo disputada no clube

O clube tinha pressa em arranjar um novo lar, existia um projeto de desapropriação de terrenos para a construção da Marginal, o que desestimulava a construção de um grande estádio no local.
O Clube até tentou uma troca com a prefeitura, doar a Ilha da Madeira e ficar com o local que abriga hoje o Parque do Ibirapuera, mas não obteve aprovação.
A hipoteca serviu para lançar a pedra fundamental no Morumbi, em 1955, o clube vendeu o Canindé a família Saddi pela quantia de Cr$ 11.922.795,50 (R$6.142.466,61 em valores atuais*), que o revendeu posteriormente a Portuguesa em 1956. 
Do valor arrecadado 40% foi pago diretamente a bancos credores para quitar a hipoteca, o restante cobriu outras dívidas, com pequena parte investida no Sacrossanto já em construção.
Com o passar do tempo esse trecho da história foi caindo no esquecimento, o Tricolor do Canindé passou a ser conhecido como Tricolor do Morumbi. As gerações mais novas de torcedores desconhecem o fato.
A Ilha da Madeira abrigou o Mais Querido por mais de uma década, e depois serviu de mola propulsora para a realização de um sonho tão grande quanto o clube que o realizou, na verdade essa é mais um prova de que o São Paulo nasceu galgado em um objetivo. O de ser grande.



*Os valores foram atualizados segundo tabela de correção do Banco Central






domingo, 26 de janeiro de 2014

O Adeus do Mestre


Todo torcedor do Mais Querido, sabe da importância do Mestre Telê Santana na história vitoriosa do clube.
O que quase ninguém sabe ou lembra, é como terminou a parceira mais vitoriosa do futebol na década de 90. Hoje completa-se dezoito anos da última vez que Telê sentou em um banco de reservas para comandar o São Paulo.
O ano era o de 1996, o Tricolor foi à Americana para enfrentar o Rio Branco pela primeira rodada do Campeonato Paulista, com uma temporada apagada no ano anterior, depois de tantos títulos conquistados no início da década e já sem a mesma força no elenco o time tentava se reafirmar dentro do campo.

A partida foi realizada no Estádio Décio Vitta, e ficou marcado pela péssima arbitragem de Francisco Dacildo Mourão. O soprador de apito marcou um pênalti inexistente contra o São Paulo aos 31 min. do primeiro tempo, a penalidade foi convertida por Marcos Assunção (ele mesmo). 
Minutos depois o atacante são paulino Valdir Bigode entrou na área, foi derrubado pelo lateral Polaco, o árbitro mandou seguir.
Aos 37 min. escanteio para o Mais Querido, o atacante Guilherme cobrou e marcou um gol olímpico, a partida estava muito tensa pelos erros cometidos pelo árbitro, e como um sinal dos céus uma verdadeira tempestade caiu sobre o gramado.
O jogo ficou paralisado por meia hora, talvez os Deuses do futebol estivessem ali dando o aviso de que aquele jogo, um empate rotineiro de começo de campeonato seria a despedida de Telê dos gramados.
Alguns dias depois o treinador foi internado após sofrer uma isquemia cerebral, na partida seguinte diante do XV de Jaú o auxiliar Muricy assumia a responsabilidade de dirigir a equipe. Após a vitória por 3 a 0, comissão técnica e jogadores dedicaram o triunfo ao treinador, que mesmo internado não conseguia se afastar do trabalho.
Os meses que se seguiram foram de muitas dúvidas entre a torcida, imprensa e dentro do próprio clube, Telê tinha contrato até Julho, mas a família do técnico não o queria mais a beira do campo. Os médicos não o liberavam para voltar ao trabalho, até que em Março o São Paulo deu ao treinador licença por tempo indeterminado, ao mesmo tempo promoveu Muricy Ramalho a técnico da equipe.

Mestre e discípulo

Telê tinha planos de retornar, a diretoria falava em um cargo dentro do futebol, mas que não exigisse tanto do treinador, no entanto o multi campeão enfrentava resistência dos familiares que não aprovavam. Em junho com a saída de Muricy e a contratação de Parreira acabavam de vez com o "Fio de Esperança" do torcedor de ver o mestre novamente no banco de reservas.

Muito se fala até hoje do homem que chegou ao clube para substituir Forlán no comando da equipe, mais do que os dez títulos conquistados o torcedor gostava mesmo era do estilo futebol arte que o treinador sempre pregou.
Gostava das folclóricas histórias que de vez em quando vazavam na imprensa, do jeito mau-humorado e paizão que era característico.
O são paulino respeitava o homem que abriu mão de morar em flat, hotel, mansão para ficar em um quartinho no CT da Barra Funda, do treinador que acordava cedo para caminhar pelo gramado observando cada detalhe e até arrancando erva daninha do gramado.


Até hoje em momentos de conquistas, o nome do Mestre Telê Santana é gritado a plenos pulmões pelas arquibancadas, confesso que quando isso acontece a emoção vem a tona. É lembrar de tudo que ele fez pelo Tricolor, é saber do valor e da humildade que ele sempre demonstrou, o homem sucumbe a alma não por isso Telê é Eterno.

"Atingir a perfeição é impossível. Mas aproximar-se cada vez mais dela, não."
(Telê Santana) 



domingo, 19 de janeiro de 2014

A moeda de pé





No dia em que o Tricolor volta a campo depois das férias, estamos de certo modo apreensivos por não saber qual time e que desempenho dos comandados de Muricy podem apresentar.
O momento não reflete os áureos tempos de conquistas, mas me fazer pensar no primeiro título paulista do renascido São Paulo.
O ano era 1943, o futebol vivia os últimos dias do romantismo do amadorismo.
A equipe que havia trazido Leônidas da Silva do Rio de Janeiro ainda não tinha conquistado o estadual que sempre nos anos anteriores ficava nas mãos dos adversários.
Nesse período todos os anos antes do inicio da competição, era realizada a reunião do conselho arbitral na sede da FPF (Federação Paulista de Futebol), a reunião acabava servindo mais para a imprensa bajular os dois favoritos ao título. Reza uma das lendas (existem versões diferentes dos fatos), que durante a reunião tudo transcorreu muito bem, e após o término da mesma os dirigentes foram ao salão nobre da federação atender os jornalistas.
Para os representantes de Palmeiras e Corinthians faltava espaço para tantos microfones, todos que ali estavam queria saber qual dos dois seria o campeão daquele ano.
Em um canto da salão, um senhor de meio centenário assistia a tudo com uma paciência e educação exemplar, em determinado momento foi pedido ao senhor que se juntasse aos representantes co-irmãos. Esse senhor em uma das versões (dependendo da versão o personagem pode ser Paulo Machado de Carvalho, Cícero Pompeu, Porfírio, Monsenhor Bastos ou o presidente Décio Pacheco) era Frederico Antonio Germano Menzen, mais conhecido apenas como Frederico Menzen, que acatou o pedido dos jornalistas.
Passados mais de 30 minutos de coletiva, nenhuma pergunta era direcionada a Menzen, o assunto era apenas entre os dois favoritos, a coletiva se tornou um debate, Os dois diretores  rivais se provocavam e tentavam a todo custo vencer no grito a questão.
Em determinado momento um dos jornalistas  teve uma ideia para resolver de vez o impasse, propôs que se jogasse uma moeda para cima. Se ela caísse com a face cara voltada para cara o campeão seria o Corinthians, se desse coroa seria o Palmeiras. Todos riram muito, gostaram da iniciativa, até que um dos presentes lembrou que o representante do Tricolor estava ali de pé, aguardando tudo como um lorde.
Outro jornalista então resolveu saber de Menzen o que ele pensava de tudo aquilo:

-“E o representante do São Paulo o que acha que vai acontecer? A moeda cairá com a face voltada para a cara ou para a coroa?”

Sereno Menzen disse sem pensar muito:

-“A moeda não cairá voltada para a face cara e tampouco cairá voltada para a face coroa, a moeda cairá pela primeira vez em pé e o campeão será o São Paulo FC!”

A resposta causou surpresa, os programas eram transmitidos ao vivo para as rádios, e para todos era muito pouco provável tal fato, mas a brincadeira pegou, e foi incrementada logos após, em tom de desdém a frase ganhou um complemento, que para a Portuguesa se sagrar campeã a moeda teria que parar no ar.




O Paulista de 43 foi disputado por onze clubes, a fórmula de disputa era a de pontos corridos em dois turnos. O São Paulo pós em pratica a afirmação feita na reunião, começou a competição goleando o Comercial da capital por 4 a 1.
Ponto a ponto o trio de ferro foi subindo na tabela, o "azarão" São Paulo brigava de igual para igual.
Quis o destino que o último jogo da competição reservasse um São Paulo e Palmeiras, o jogo definira o campeão, as duas equipes foram a campo na tarde de 3 de Outubro, no Pacaembu com 42.143 pagantes.
A torcida tricolor ficou apreensiva quando o maestro Sastre saiu contundido depois de uma entrada violenta, o jogo caminhou tenso até o apito final, o 0 a 0 garantiu o título ao Mais Querido, pela segunda vez o são Paulo se tornava Campeão Paulista.
Na saída do campo o atacante do tricolor Luizinho fez questão de lembrar os repórteres:
-"Este ano a moedinha caiu de pé, Hein?".
A festa que começou dentro do campo invadiu os vestiários, o presidente do Palmeiras Hygino Pellegrini fez questão de ir até a delegação são paulina para cumprimentar os campeões de 43.
Porfírio da Paz ficou tão emocionado que não conseguiu dar sequer uma entrevista, apenas escreveu em um pedaço de papel que foi colocado no bouço de um repórter com os dizeres: "Uma grande partida em um grande dia para o clube do meu coração! Realizou-se, finalmente o meu maior desejo, que alimento desde 1935: O São Paulo conseguiu o título de campeão".


Acabava ali a hegemonia de Palmeiras e Corinthians, começa ali a história de glórias e títulos do Mais Querido. A torcida em provocação preparou um carro com uma moeda em pé que desfilou pela noite de São Paulo, a diretoria mandou confeccionar um troféu que foi entregue a cada jogador.




Esperamos agora não que a moeda caia de pé, mas que o São Paulo pense grande. Assim como Menzen pensou, que o Tricolor não seja coadjuvante, que seja o que nasceu para ser GRANDE. 

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

L.Ricardo é apresentado no São Paulo

( Foto: Reprodução/Uol Esportes )






No inicio de tarde desta terça-feira (7), o lateral-direito Luis Ricardo é apresentado oficialmente ao torcedor São-paulino, o lateral de 29 anos foi contratado por R$ 2 milhões e se destaca por diversos prêmios individuais e se apresentou como dizendo ser um dos melhores. 

"É difícil falar e me considerar se sou isso ou aquilo. Mas posso dizer que sou um dos melhores. Não me considero o melhor, mas tenho algum valor aí, sim. Tanto é que o São Paulo, um clube grande como esse, me deu espaço", disse Luis Ricardo, e sua apresentação.

O novo reforço se disse torcedor do clube e escolheu a camisa número 27 para a temporada de 2014. Ele comemora a mudança para São Paulo, elogia o elenco, mas diz que espera outros reforços para a equipe.
"É um prazer estar nesse clube, de coração. Na realidade precisa ser contratado o primeiro. Graças a Deus fui eu. São Paulo com certeza vai ter outros nomes. São Paulo tem grupo bom, grupo grande, pela grandeza do Sâo Paulo as coisas vão se encaminhar no decorrer do campeonato", acrescentou.
O novo contratado do São Paulo minimizou a crise vivida pelo clube em 2013 – o time teve dois técnicos demitidos e brigou durante quase dois meses contra o rebaixamento no Brasileirão. Para Luis Ricardo, os erros de 2013 não serão repetidos em 2014.
"Não viveu um momento bom, mas um clube como esse não faz dois anos assim. Eu chego e já entendi o recado do nosso treinador. É um grupo de bastante cobrança, que não vai repetir os erros do passado. É um grupo para vencer títulos e chego nessa expectativa", falou Luis Ricardo, que espera a recuperação de companheiros que decaíram durante o ano. "Jogador não desaprende a jogar. Talvez pelas cirscuntâncias do ano passado. Alguma coisa aconteceu de errado para que as coisas não andassem de uma forma agradável. O ano não deu certo, e na vida da gente não é só vitórias, às vezes tem alguns tropeços", finalizou.