sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

12 contribuições quase secretas do M1TO ao dia a dia do São Paulo

Rogério Ceni acumula 24 anos no São Paulo. Viveu como jogador quase um terço de toda a história do clube desde o recomeço em 1935. Os feitos famosos do goleiro e capitão, como os gols em cobranças de falta e a atuação no Mundial de 2005, todos conhecem. No entanto, Ceni acumulou uma série de costumes nas mais de duas décadas no São Paulo que contribuem de forma quase secreta para o funcionamento do futebol são-paulino no dia a dia.
Para conhecer as ações feitas por Ceni sob discrição, o UOL Esporte conversou com jogadores, comissão técnica, dirigentes e funcionários do São Paulo, e encontrou um capitão que serve como pilar de sustentação do departamento de futebol. Rogério Ceni é goleiro, artilheiro, preparador, dirigente, tutor, psicólogo e bombeiro do São Paulo
Aos 41 anos de idade, o goleiro joga a última temporada antes da aposentadoria, no fim deste ano, e deixa todo o clube apreensivo pelo cenário que restará após sua saída. Hoje a presença de Rogério Ceni fora de campo é insubstituível.  Veja abaixo por quê:
1- Olho no Reffis
Ricardo Nogueira/ Folha Imagem

Rogério Ceni frequenta o Reffis do CT da Barra Funda, mesmo quando não está machucado. O goleiro procura sempre saber o andamento do tratamento de cada jogador lesionado do elenco. Sabe o tipo e a gravidade de cada lesão. O goleiro vai ao Reffis para motivar e manter os atletas machucados próximos do convívio do elenco.

2- Pontualidade
Ricardo Nogueira/Folhapress

Rogério Ceni é pontual. É o primeiro a chegar e o último a sair. E não gosta de atrasos. Ele exige que tanto o elenco como outros funcionários do CT cumpram os horários programados para a semana. Quem sai da linha pode até não levar bronca, mas fica marcado de perto pelo capitão.
3- Impede "panelas"
Site oficial/saopaulofc.net

O goleiro atua contra a criação de panelas no elenco. Entre conversas com diferentes grupos, trabalha para que não se criem rodas restritas de amizade entre jogadores. A atitude é elogiada pela diretoria e vista como fundamental para reduzir as possibilidades de atritos internos.  

4- Folga é trabalho
Rivaldo Gomes/Folha Imagem

O goleiro não encara a folga apenas como tempo para descansar. É comum encontra-lo na academia do CT da Barra Funda nas manhãs de segunda-feira, quando normalmente o elenco está de folga após jogar no domingo. O treino, que começaria às 16h, para Ceni começa às 9h. O capitão justifica que treina mais para compensar os 41 anos de idade e evitar lesões. Para a diretoria, comportamento exemplar que influencia positivamente os companheiros.
5- Apaga incêndios
Divulgação/Vipcomm

Isso não acontece em todos os casos, mas Ceni intervém em atritos entre dois jogadores ou entre um jogador e um membro da comissão técnica. O goleiro não é orientado pela diretoria a fazer isso, mas atua por conta própria quando julga necessário e oportuno.
6- Aponta reforços. E conversa
Junior Lago/UOL

A diretoria dá a Rogério Ceni a liberdade para sugerir contratações. O goleiro vê futebol, pensa em ficar no esporte e até se tornar treinador depois de se aposentar, e costuma levar alguns nomes aos dirigentes do departamento de futebol. Se convence, tem aval também para conversar com o alvo da diretoria e sondar a transferência para o São Paulo.
7- Dicas aos zagueiros
Rodrigo Capote/UOL

Os jogadores que jogam na linha de defesa do São Paulo não encerram o aprendizado tático no campo e nas palestras de Muricy Ramalho. Rogério Ceni também conversa com os defensores nas concentrações para ajustar detalhes como posicionamento em bolas paradas e saídas de jogo.
8- Recepção a contratados
Rubens Chiri/saopaulofc.net

A tradicional foto de Rogério Ceni cumprimentando cada novo reforço do São Paulo, sempre publicada pelo site do clube, não é fachada. O goleiro realmente recepciona cada reforço que se transfere ao clube. A diretoria diz que tal costume de Ceni alivia os dirigentes de papel importante, ao introduzir novos atletas ao clube e aos demais companheiros.
9- Aula aos garotos
Almeida Rocha/Folhapress

O goleiro não vai ao CT de Cotia para conversar com os jogadores das categorias de base do São Paulo, mas trabalha pela ambientação de cada jovem que é promovido ao time profissional e passa a treinar na Barra Funda. As "aulas" aos garotos, como Gabriel Boschilia e Ewandro, que atualmente despontam com Muricy Ramalho, acontecem nos trajetos de ônibus para os jogos, nas concentrações e após os treinos.

10- Negocia bichos. E fala pelo elenco
Luiz Pires/Vipcomm

Ceni representa o elenco nas negociações com a diretoria pelos "bichos" – premiações pontuais previstas para vitórias em determinados jogos e conquistas de títulos. Serve também como elo entre os jogadores e os dirigentes. Sempre que há reivindicação dos vestiários, é o capitão que leva o diálogo até a diretoria.

11- Por reservas motivados
Site oficial/saopaulofc.net

Os jogadores que costumam ficar no banco de reservas e às vezes nem são relacionados para os jogos – e consequentemente não participam das concentrações – relatam um Rogério Ceni próximo. O goleiro conversa brevemente com aqueles que vez ou outra não são lembrados pelo treinador e vivem momento negativo. Ceni tenta apontar o que cada um deve aprimorar e qual demanda deve atender para encontrar vaga entre os titulares.
12- Auxiliar técnico
Rubens Chiri/saopaulofc.net
A prancheta tática não é só do treinador, do auxiliar e de Milton Cruz. Rogério Ceni hoje exerce função próxima à comissão técnica e tem autonomia para apontar falhas e acertos do sistema tático, principalmente no setor defensivo.

Fonte: http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2014/02/28/12-contribuicoes-quase-secretas-de-rogerio-ceni-ao-dia-a-dia-no-sao-paulo.htm

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Página Virada!

O que importa é o São Paulo!


O assunto que mexeu com o mercado do futebol neste mês, a "troca" de jogadores entre São Paulo e Corinthians causou grande repercussão na torcida Tricolor.
As linhas que vou escrever a partir de agora, são expressamente minha opinião sobre como a reação do torcedor  é descabida de bom senso, podendo o leitor concordar e descordar parcial ou integralmente do pobre mortal que vos escreve.

Jadson chegou ao Mais Querido em Janeiro de 2012, era uma grande esperança para a nação são paulina, que nos últimos anos amargava a falta de um camisa dez, um armador capaz de resolver a falta de criação crônica pela qual passávamos desde a saída de Raí. Embora o clube tenha conquistado títulos de suma importância após a era Telê, nunca mais tivemos um jogador tão identificado com a camisa.
Mas de certo modo o jogador nunca se consolidou a posição, apesar de chegar para ser  titular absoluto Jadson não conquistou a confiança de toda torcida. Eu mesmo sempre o achei (e meus textos estão ai para confirmar) um jogador sem personalidade dentro do campo. O meia custou á época € 3,8 milhões de Euros (cerca de R$ 8,6 mi) aos cofres do São Paulo, valor que por si só deveria justificar boas atuações.

O que vi no ano de 2012 foi um jogador apático, e que de principal passou a coadjuvante, mesmo com algumas assistências ficou claro já no primeiro momento que ele não era “o cara” que estávamos esperando. Logo de cara perdeu um pênalti no clássico contra seu time atual, fora ter atuado bem discretamente na mesma partida e ter sido substituído aos 14 minutos do segundo tempo.
- Calma! Ele apenas estreou, vai render muito no Tricolor! Era o que mais ouvia nos messes que se seguiram, só que essa melhora nunca chegou aos meus olhos, sem contar que aos mais próximos sempre confessei que achava que o jogador tinha na face o que chamo de “cara de choro” típica em atletas que não decidem partidas.
Defendendo o Tricolor Jadson conquistou uma Copa Sul-Americana, nos demais campeonatos falhou como todo o resto. A torcida por diversas vezes o vaiou em substituições, tanto que oito messes depois de sua chegada a diretoria anunciava a contratação de Paulo Henrique Ganso, feito comemorado e festejado pelo torcedor. E por quê?
Oras, porque o camisa 10 não tinha até então confirmado o futebol que segundo a imprensa o fez defender a seleção.  Jadson não era unanimidade nem para os críticos nem para os defensores, sempre houve um equilíbrio nessa disputa de opiniões.

Agora defendendo a camisa de um rival, o torcedor resolveu que o meia não devia ter saído do clube, o mesmo jogador que voltou fora de forma no começo da temporada, e o mesmo que perdeu a titularidade para Ganso dentro do campo sem parecer ter se importado muito.
A questão que deve ser analisada é simples:
- O jogador era essencial ao grupo? Não!
- O jogador estava em um bom momento? Não!
- O jogador alguma vez demonstrou superação? Não!

Vou parar com essas três perguntas, acredito que a maioria das respostas seriam negativas em relação ao papel que o atleta teve vestindo o manto.
O torcedor precisa entender que os elogios dos “jornalistas”, pelas duas partidas realizadas tem muito mais motivo emocional clubístico do que análise fria dos fatos.
Afinal agora o jogador defendo o time da “massa”, cabe a nós torcedores esquecermos o fato e focar no que é importante o São Paulo Futebol Clube, Jadson é ex-jogador do clube e como tal seu papel passa a ser o de figurar no passado, deixando o presente e o futuro para os que ainda vestem nosso manto.
Vou encerrar o texto que acabou se estendendo mais do que eu planejava com uma frase dita pelo jogador quando chegou ao Morumbi. Frase que analisada agora caracteriza promessa não cumprida.


 - Estou muito feliz em poder jogar no São Paulo. É uma honra e um orgulho muito grande poder retornar ao Brasil para defender esta camisa. Fiquei muito contente com o desfecho das negociações. Chego para ganhar títulos e poder mostrar ao torcedor brasileiro o futebol que me levou para a Seleção.


Gostou? Sim? Não? Em todo caso deixe seu comentário.