(Foto: Reprodução / Ricardos Bastos / Agência Estado)
Mesmo antes de sua apresentação oficial, em 10 de setembro, ele era lembrado pela torcida que, diante da pior crise da história do São Paulo, gritava seu nome nas arquibancadas. Foi assim com os insucessos de Ney Franco e Paulo Autuori, e mesmo de férias, não deixava de acompanhar o reconhecimento do torcedor e o momento do time, que assumiu na zona de rebaixamento e em menos de dois meses, promoveu uma evolução surpreendente. Esse “divisor de águas” atende pelo nome de Muricy Ramalho.
Hoje o Tricolor tem 46 pontos no Campeonato Brasileiro, dez a mais do que a primeira equipe no Z-4, e encontra-se mais perto do G4, com sete pontos de distância para o quarto colocado. Essa reviravolta e a fuga da zona de degola surpreenderam até Muricy, que imaginava ter que brigar até o fim para escapar do rebaixamento.
“Eu imaginava o que todos pensavam pelo nosso momento, que seria brigar até o fim. Se falar que eu imaginaria isso (recuperação) quando cheguei, eu estaria mentindo. Além da pontuação baixa, a autoestima do time estava péssima. A equipe sentia muito os gols. Antecipamos legal. Falta pouco, mas não pensava ter essa pontuação a essa altura”, admitiu o treinador.
A equipe está invicta há nove partidas, com oito vitórias e um empate. A última derrota ocorreu há mais de um mês, contra o Santos, na Vila Belmiro. Na ocasião, o Tricolor teve péssima atuação e levou dois gols mesmo com um homem a mais em campo. Muricy recorda a cobrança forte aos jogadores depois daquele resultado. A partir dali, o São Paulo cresceu nas competições e nas atitudes dos atletas.
“Não posso falar o que foi conversado. Essas coisas de diálogo e conversa bonitinha não funcionam. Falando o português claro, não funciona para porra nenhuma. É o que falava para eles. Vai me desculpar, mas não dá para falar. No futebol, às vezes o jogador precisa escutar algumas verdades. Tem de pegar e falar. Depois do jogo contra o Santos, falamos, porque não era possível daquele jeito”, recordou Muricy enaltecendo o fato como ponto preponderante para o crescimento do Tricolor.
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