segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Polêmica entre dirigentes de São Paulo e Ponte Preta

(Foto: Arte / SPFC 24horas)

Para o duelo desta quarta (20) pela Copa Sul-Americana, o São Paulo enfrentará a Ponte Preta no estádio do Morumbi, com capacidade liberada para 64 mil torcedores. Já a equipe de Campinas não poderá usufruir do seu estádio no jogo de volta, uma vez que não tem a capacidade mínima exigida pelo regulamento da Conmebol.

Oficialmente a Conmebol já se manifestou vetando o estádio Moisés Lucarelli, mas a Ponte ainda não recebeu o comunicado, que deve acontecer nesta segunda. Para o presidente Márcio Della Volpe, a realização da semifinal longe de Campinas gerará mais problemas do que benefícios, que visivelmente irritado com a situação critica o Tricolor.

“O São Paulo não quer relacionamento com clubes. Isso que ele está fazendo vai provocar mais violência. Abdicou da segurança por uma regra absurda. Não é isso que é o futebol”, afirmou o dirigente pontepretano, em entrevista à Rádio Bandeirantes de Campinas. 

João Paulo de Jesus Lopes, vice-presidente de futebol do São Paulo, deu uma resposta tranqüila para não polemizar, e apenas disse que o clube apenas cumpre o regulamento feito pela Conmebol e pensa na regra como mecanismo de segurança para atletas e torcedores.

“O São Paulo segue o regulamento. Apenas dissemos que havia uma situação de desacordo em relação a isso. Eu tenho uma ótima relação com o presidente da Ponte Preta, mas infelizmente não podemos aceitar jogar fora do regulamento. É uma questão fundamental de segurança. Não vamos abrir mão de segurança para nossa equipe e nossa torcida”, disse o dirigente.

Como alternativa, a Ponte Preta deverá utilizar o estádio Romildo Ferreira, em Mogi Mirim, com capacidade para 30 mil torcedores, onde o presidente Márcio Della Volpe já fez uma consulta informal e espera ser notificado oficialmente para formalizar o pedido junto ao Mogi.

“Na terça, quando recebemos a entrada do São Paulo, estávamos na FPF e consultamos o campo do Mogi. Temos um bom relacionamento com o Mogi, falei com o Wilson (vice-presidente). Ele disse que não teria problema. Estou aguardando o comunicado da Conmebol para solicitar a eles o estádio”, finalizou o cartola.


Opinião

Para quem já assistiu jogos no Moisés Lucarelli, sabe que àquele local não tem possibilidade alguma de acomodar com segurança a torcida adversária. Além de um espaço insignificante atrás do gol, o setor destinado aos visitantes, tem como trajeto ruas estreitas próximas à uma linha férrea, que são usadas constantemente por “torcedores organizados” para emboscarem os adversários e destruírem os veículos com placas de São Paulo. 

Dentro do estádio, o setor dos visitantes não possui conformidade com as regras do Estatuto do Torcedor, que prega por segurança e conforto. Essa área é a pior do estádio, onde, inclusive, já serviu como depósito de entulho para obras que são realizadas no local. È inadmissível realizar uma partida de semifinal em um local degradante como àquele. Contudo, a Conmebol não precisava esperar reclamação do São Paulo para tomar atitude, e sim fazer cumprir as regras que ela mesma estabelece. 

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