sexta-feira, 12 de julho de 2013

Friedenreich - um ídolo esquecido pelo São Paulo


Que o brasileiro possui a mania de homenagear seus ídolos após sua morte não é novidade e, que nem sempre existe reconhecimento por uma pessoa que deu tanto por uma organização também não é. A novidade é que um grande atleta do São Paulo pode ser ajudado por sua torcida.
Friedenreich, morto em 1969, foi o "Tigre" brilhou com as camisas dos amadores Paulistano e Ypiranga e teve passagens breves por Flamengo e Santos. No entanto, se eternizou como ídolo nos primeiros meses de existência do Tricolor Paulista. Ele foi o primeiro grande nome do São Paulo após sua fundação, no começo da década de 30 [nos cinco primeiros anos, como São Paulo da Floresta]. Mesmo já veterano, ajudou o clube a conquistar seu primeiro título, o Campeonato Paulista de 1931, em cima do futuro arquirrival Corinthians. Com a camisa tricolor, disputou 127 partidas até 1935 e anotou 103 gols.
Antes de falecer, Friedenreich junto ao Jornalista Paulo Várzea estava preparando uma autobiografia de sua carreira, mas não teve tempo de concluí-la. Há três anos esse acervo foi descoberto pelo editor César Oliveira que, buscou patrocínio em várias empresas, em especial o São Paulo Futebol Clube, mas teve seu pedido recusado e agora pra essa autobiografia ser publicada conta com o Ministério da Cultura, para captação de financiamento através da Lei Rouanet
O material descoberto conta com cerca de 100 fotos, com todas as pessoas devidamente registradas no verso pelo próprio Friedenreich. No produto final, o texto original virá acompanhado por observações atuais do historiador Ivan Soter, um especialista na memória do futebol nacional.
"É uma autobiografia dele, certamente escrita pelo jornalista, amigo dele, Paulo Várzea. É escrito toda na primeira pessoa, numa dessas generosidades próprias dos amigos do peito, que escreveu o livro para ele, que não tinha a menor condição de produzir com aquele charme típico dos textos jornalísticos", relata o editor César Oliveira.
"Está tudo comprovado, com contrato de edição assinado pela esposa, Dona Joana, com a Editora Gol. Tem uma carta de três laudas do Araken Patuska [ídolo do Santos na década de 20, disputou o Mundial de 1930], parabenizando pelo livro, desejando sucesso. Ainda tem uma dedicatória do Leônidas da Silva. Aparentemente o Friedenreich trabalhava no livro sem alarde, querendo fazer uma surpresa", acrescenta.

À espera de incentivadores, o texto do projeto está pronto, encaminhado atualmente à etapa de desenvolvimento visual. Quem quiser colaborar com o lançamento das memórias de Friedenreich pode entrar em contato com sua produção, pelo seguinte e-mail: cesar.oliveira@livrosdefutebol.com

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