foto: spfcterra/Edição Adriano Carvalho
A classificação foi conseguida no suor, na garra e na raça dos jogadores dentro do campo. Apesar de não ter sido um jogo tranquilho, uma partida em que a equipe tenha dominado o jogo. A equipe chilena se dizia entalada com o São Paulo desde a eliminação do ano passado, e jogando um futebol muito ofensivo consagrou o ídolo maior do Tricolor.
Este foi um ano ingrato para o M1TO, mais do que isso, foi uma temporada de sofrimento como nunca antes visto pelo torcedor do Mais Querido, mas apesar de tudo, ele sempre está lá. Dentro do campo ele é mais do que um jogador, ele é a personificação do que somos, torcedores que amam, que sofrem e que entregam o coração e a alam para defender o manto de três cores. Peço licença aos amigos para compilar um texto de alguns meses atrás, agora que o fim do ano se aproxima, fica mais perto o dia em que possivelmente veremos sua última partida. Seu último prélio pode ser adiado, mas pela personalidade do capitão acho difícil que no próximo ano vejamos ele defendendo nossa meta.
"Em 1990 um jovem goleiro chegou ao CT da Barra Funda para uma peneira.
Dois dias antes, problemas que talvez pudessem ser um prenúncio, de que não seria a hora, de que não daria certo. No primeiro dia chegou atrasado, perdeu o treino, mas com justificativa plausível, trânsito e desconhecimento da cidade. Vinha de longe, teve outra oportunidade.
Chegou no horário na segunda vez. Não teve treino! A terceira vez não falhou, ele todo paramentado, calçando luvas Tri Star, logotipo e palmas amarelas. Nos pés, chuteiras Olimpíadas, adivinhem a cor da sola? Sim amarela!
Altair Ramos, preparador físico tirou um sarro: - Chuteira “bonita”! O garoto de 17 anos não ligou, afinal faz parte provocar o novato, Sergio Rocha aquecia o menino, o time principal treinava ali ao lado, em um intervalo o professor Gilberto Moraes grita:
Saem Zetti e Gilmar (Rinaldi), entram Marcos Antônio e... O goleiro de amarelo. De repente o garoto que acabara de sair de Sinop, estava ali, treinando com o elenco principal do São Paulo.
Ele ao mesmo tempo em que jogava, via o técnico Pablo Forlan à beira do campo, e dentro dele Mário Tílico, Antonio Carlos, Ronaldão, Cafú e Leonardo, o último marcou um gol em cima do jovem goleiro. No fim do treinamento, o garoto recebeu luvas novas da Uhlsport, e chuteiras também, um sinal da aprovação no teste.
Vocês sabem a quem me refiro! Ele ficou muitos anos na reserva de Zetti, mas um dia, sua vez chegou. O goleiro de amarelo não amarelou, conquistou praticamente todos os títulos que disputou pelo Tricolor. Deu a volta ao mundo defendendo o manto de três cores, levantou tantos troféus, que a minha memória, mesmo sendo privilegiada não alcança.
O garoto foi se tornando homem, outros passaram, ele continuou, em uma relação que às vezes como qualquer outra tinha seus maus momentos, mas ele estava lá, defendendo a meta, torcendo dentro do campo."
Com o tempo ele bateu todos os recordes, ultrapassou marcas inimagináveis para um goleiro. A cada dia que passa mais eu penso:
Como será quando ele parar? Rogério Ceni é M1TO, Rogério Ceni é eterno, Rogério Ceni é São Paulo Futebol Clube.
Não concorda comigo? Respeito sua opinião! Então respeite a minha.
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