segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Autuori elogia postura da equipe, mas seu aproveitamento é o pior da história

Autuori externa só os pontos positivos da equipe (Foto: Divulgação / saopaulofc.net)

O técnico enalteceu a verticalidade da equipe durante o segundo tempo e o volume de jogo criado, mas os números de seu aproveitamento no comando da equipe contradizem seu otimismo e, logo após a derrota para a Portuguesa por 2 a 1 no Canindé, Paulo Autuori evitou externar à imprensa os pontos fracos da equipe e se restringiu a comentar o lado positivo.

“Tomamos conta do segundo tempo. A equipe teve qualidade, teve profundidade e foi vertical. Muito mais do que o pênalti, tivemos oportunidades. Um empate, pelo que jogamos no segundo tempo, já não seria justo”.

Com apenas nove pontos na competição e vice-lanterna na tabela de classificação, o São Paulo só está a frente do Náutico que, possui oito ponto, mas com uma partida a menos. Ainda assim o técnico faz uma análise positiva.

 “O que eu posso falar para os jogadores para justificar a derrota? Tenho de valorizar o que eles tentaram fazer com determinação e raça, superando todas as dificuldades. Nós chegamos muitas vezes, e no segundo tempo fomos muito mais verticais”, analisou o treinador.

Com Autuori no comando, São Paulo tem o pior aproveitamento da história

Procurando proteger os atletas evitando passar para os jornalistas os pontos fracos, os números mostram que, apesar do crescimento nas últimas partidas, não há motivo para comemorar. Autuori comandou o time em cinco rodadas do campeonato brasileiro e só conseguiu um empate e quatro derrotas, chegando ao aproveitamento de 6,6% em um mês de trabalho. Ele mesmo admite que apesar da evolução, não adianta jogar melhor e não conseguir o resultado.

 “Eu sou suspeito para tecer qualquer comentário, mas está claro que nos melhoramos em muitos pontos. Só não adianta dizer isso sem resultados. A justiça no futebol tem a ver com o trabalho final”, ponderou Autuori.

Mesmo com discurso otimista, o técnico tem um aproveitamento pior que seu antecessor Ney Franco que passou mais tempo à frente da equipe e deixou o Morumbi com 58,6% de aproveitamento (41 vitórias, 16 empates e 22 derrotas em 79 partidas). Mas ele explica que ainda não implantou sua metodologia de trabalho em razão do pouco tempo de trabalho.

 “Não coloquei ainda a minha forma de trabalho. Na verdade, nem trabalhei. Foram dez jogos em 30 dias, o que dá uma média de um jogo a cada três dias. Praticamente não deu para treinar”.

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