sábado, 24 de agosto de 2013

Descanse em Paz.



Na última quinta-feira (22), Juvenal Juvêncio foi internado no hospital Sírio Libanês, em um primeiro momento, foi divulgado que o motivo da internação, era apenas para exames de rotina.
O departamento de comunicação do clube, afirmava que o presidente voltaria a exercer suas funções normalmente na sexta-feira, mas o fato não se confirmou e durante todo o dia de ontem se aguardava o boletim médico sobre a situação de Juvenal.
No final da tarde, já se sabia que o quadro era de forte estresse e fadiga, mas que o “mandatário” receberia alta hoje. Juvenal andou longe dos holofotes nesses últimos tempos, na verdade desde a espalhafatosa apresentação de Autuori, onde ele fez questão de chamar mais atenção do que o técnico então recém-contratado.
Os tempos de crise que o São Paulo vive, pareciam em nada afetar o presidente, muitas vezes em suas entrevistas verborrágicas, ele vociferava contra tudo e contra todos, cheguei a escrever que eu acreditava que o homem parecia viver em uma realidade paralela. Mas então, o maior vencedor da história do clube sucumbiu, exatamente na mesma semana em que seu diretor jurídico deixou o cargo para se lançar a presidência do clube pela oposição.
Fico pensando, por que Juvenal não quer “largar o osso”? Qual seria a razão de tanto apego a presidência do clube?
Existe uma frase que diz: “Quando o certo e o errado se confundem, é hora de parar...”, obviamente que não espero que ele vá renunciar ao cargo nos próximos dias. Mas esse desgaste na saúde, o péssimo planejamento no ano, as confusões dentro do clube e o afastamento dos mais próximos, já não seria um sinal que o momento chegou?
Juvenal teve seu primeiro cargo importante dentro do clube em 1984, na gestão do presidente Carlos Miguel Aidar, quando foi diretor de futebol , já tratou de demonstrar seu lado “amigável” e dispensou grandes ídolos, entre eles Waldir Peres e Zé Sérgio.
Na gestão de Marcelo Portugal Gouvêia, fez questão de humilhar o meia Ricardinho, quando na coletiva para anunciar a rescisão de contrato com o jogador, foi enfático e disse: “Se ele não quer mais colocar a canelinha dele, não quer mais vestir a camisa do São Paulo, é melhor ir embora mesmo".
Tornei-me um grande critico dele, a partir do momento em que ele deu o golpe de poder, quando acabou com a democracia tão bem mantida no Mais Querido até então, mesmo assim tenho que admitir, é inegável sua história dentro do clube, é irrefutável seu amor pelo São Paulo, seja como presidente ou diretor. Mas com seus 81 anos, está na hora de para meu velho!
Está na hora de curtir os netos, retomar quem sabe a carreira de advogado, está na hora de deixar o Tricolor seguir novos rumos, experimentar novas ideias.
Nesse momento o nome Juvenal Juvêncio faz mal, e muito, a instituição, porque nós perecemos, o São Paulo Futebol Clube não.
Descanse em paz, curta sua família, beba bastante whisky, mas assim que seu mandato acabar, deixe meu São Paulo também em paz. 



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