Técnico tem usado de sua experiência no futebol mundial para incutir na cabeça do atleta a idéia de mobilidade e agressividade necessárias ao meia criativo no futebol moderno.
Autuori conversa com Jadson e Ganso (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)
Paulo Henrique Ganso reforço contratado por R$ 23,9 milhões, parceiro de Neymar no Santos e articulador das principais jogadas da equipe da baixada, não rende o esperado e tem atuado como um jogador comum. Após a partida contra o Milan (ITA) e, mais uma atuação discreta do camisa 8, Paulo Autuori revelou que vem trabalhando o psicológico de Ganso para entrar em ação.
“Seria presunção de minha parte fazer um prognóstico. Todos que analisam o futebol e o seguem também não entendem. Acho que o grande lance é o próprio Ganso ter essa resposta. Minha primeira conversa com ele foi exatamente essa, de ele fazer essa pergunta a ele mesmo. Se foi por lesão, por isso ou aquilo. Acredito que isso (lesão) já passou. Ele deveria estar mais confiante”, afirmou o técnico que chegou ao São Paulo com a missão de recuperar jogadores importantes.
Paulo Henrique Ganso, em campo contra o
Milan (Foto: Site Oficial / saopaulofc.net)
O técnico tem usado a excursão européia para unir o grupo em busca de maior cumplicidade em campo e, em particular, tem conversado muito com Ganso pedindo para observar o trabalho dos meias de outras equipes para incutir a idéia de mobilidade e agressividade no atleta.
“Falei muito com ele aqui (Alemanha) para dar uma olhada (nos outros times), porque os meias precisam pisar na área, é ali que as coisas acontecem. Não é atrás. Isso não é só para ele. É para todos”.
Para vencer no futebol é preciso competir, explica Autuori
Não só o técnico, mas muitos dirigentes e parte da torcida enxergam Paulo Henrique Ganso como um jogador acomodado, que fica esperando a bola nos pés e briga pouco por um lance e investe quase nada contra o gol adversário.
“Tenho falado para o grupo que o cara que quer vencer no futebol precisa competir, principalmente quando defendeu um clube como o São Paulo. Um competidor, além da parte física, técnica e tática, precisa estar bem mentalmente. Nós vemos alguns jogadores que não possuem tanta qualidade técnica vencer porque são competitivos”, ressaltou o treinador.
Autuori encerrou explicando que concorda com a realização de um trabalho psicológico, mas ressalta que a iniciativa deve partir dele que, internamente, precisa resolver essas questões e voltar a competir em alto nível.
“Acho que tem profissionais envolvidos nisso, além do próprio Ganso. Depende da pessoa. Espero que ele possa retomar e corresponder à expectativa de tantas pessoas. São muitas”.
A delegação do São Paulo desembarca nesta sexta-feira (02) em Lisboa por volta das 14h (de Brasília), após derrotas para Bayern e Milan na Alemanha pela Audi Cup. No sábado (03), o Tricolor participa da Eusébio Cup em partida única contra a equipe do Benfica, jogo que terá transmissão a partir das 15:30hs pela Rede TV e SporTV.
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